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é madrugada fria e cá estou eu bêbada, drogada e trêmula depois de cair na tentação de mim mesma, do meu pequeno próprio prazer na experiencia terrena. o que eu não acho ruim, acho terreno, mandado corriqueiro comum, um lugar já acessado antes. a mordida da maçã, como um etude, para algum lugar que poderia ser transcendental tanto quanto pode ser mortal. hoje mesmo, antes de me tentar, eu estava brisando sobre as possibilidades angelicais que nos circunda, como se fosse a própria experiência que conseguimos acessar na consciência pela nossa parte mais pura, e como contra-partida, acessa-se nossas partes mas sub-escuras em outros momentos. uma parada hermética!
os anjos têm sido um arquétipo que admiro, de ordem superior, essa coisa destinada, sabia, altruísta, mas obssecada e com muito ciúme de nós, como diz a lenda. esses dias vi “asas do desejo” e que brisa esse filme! mas o lance é que se a gente vai se autoconhecendo e muitas vezes se sente poderoso ou achando que banca tudo e arrisca, e aí vê que não sabe absolutamente nada do que precisaria pra ser humano. por isso que eu sou uma chorona, chorar me alivia lugares escondidos e assombrados!
sigo buscando a cura nos antídotos e a droga na própria cura, eu sou uma maluca paradoxal alquimista que não sabe como se portar nas esferas dadas aqui no 3d. alguém me dê um manual?
calunia! o que mais quero é fugir das fórmulas.
cai no choro, não pela culpa, mas pela própria prisão dos desejos que me leva para lugares comuns e nada de novo acontece aqui. meu corpo vibra e está em coma, e nessa prisão eu tento encontrar alivio para me transcender… vou cair aqui num sono profundo que só irá me despocisionar depois de um tempo. em coma me durmo, na mão dos anjos mas embebdida pelos al-kuhls - possuída estou. nada como a sabedoria do tempo. quetembo ma cura de lei, quetembo ma cura fe fe!