"agora não pergunto mais aonde vai a estrada"
de uns tempos pra cá eu percebo que estou mais tranquilinha e com mais esperança na vida, apesar de viver no planeta terra 3d. às vezes até me sinto meio burrinha e me cobro, cadê os processos profundos, gata? cadê os questionamentos da realidade falsa que vivemos? e a matrix? wake up neo e os caralho a quatro! mas eu também tenho aprendido a compreender mais da nossa insignificância, a dar mais lugares para as dúvidas e as incertezas, a confiar mais no fluxo e se sentir parte do todo, cada vez menos desgrudada da realidade. e eu percebi que amo isso mesmo, uma complexidade; estudar não dualidade, questionar e sacar todas essas amarras que temos como personas aqui, mas parte maior disso é sacar que não existe um grande erro, que somos limitado porém completos, bons e ruins, cheinhos de defeitos especiais… e que apenas viver é a grande sacada disso aqui.
esses dias eu vi uma mulher falando que todas as pessoas que aparecem na nossa vida se baseiam na nossa doença ou na nossa saúde, que a gente não se enxerga por completo por conta da dualidade da vida mesmo - às vezes até dá, mas não sempre! as conexões são valiosas pra isso, pra ajudar a gente se ver nesses reflexos. o vazio e a falta que nos compõe existe no outro e as completudes também. quem é essa mulher que falou isso ou quem sou eu, pouco importa.
eu mesma, que sou uma complexidade por metade, tinha bode de um livro que minha irmã leu há muito tempo. o livro é “o segredo”. o ranço vinha porque é auto-ajuda e eu achava até uma parada meio meritocrata. mas não é que peguei pra ler e tô descobrindo que parte da minha preguiça vinha porque ela mesma, a preguiça, precisava ouvir umas palavrinhas meio clichês… e aprender a abrir a escuta pra algo que é maior do que as vontades da minha persona. tem partes meio meritocratas no livro? talvez, mas tem ali também preciosidades da vida que me é importante relembrar nesse momento. resumo da ópera: se tornou meu livro de cabeceira, toda noite eu leio umas cinco paginas e tá me nutrindo. tô aqui mordendo a língua e sacando velhas coisas novas. se os clichês existem é porque eles também fazem sentido num lugar ou outro.
o lance do momento presente, cara leitora, é buscar na saúde ou na doença essas partes que nos faltam, é se diluir no orgulho e se perceber aberta pra aprender com tudo ou qualquer chance, mesmo que você só perceba o aprendizado depois de um tempo.
ps: ontem, depois de ler o livro, eu chorei bem bonito e emocionada fazendo reverência aos quatro elementos.
(ai como ela tá mística-hermética)