O SEXO E A CIDADE!
hoje eu tô aqui pra falar de sex and the city. dizem por aí que ela estreou na netflix e a geração mais nova está doidinha acompanhando ou cancelando esse fenômeno mundial dos anos 2000.
e eu tô morta de vontade de maratonar a série de novo por pura preguiça do que anda sendo produzido por aí; e saudosismo também, saudosismo puro mesmo. essa série é muito boa!
é louco se enxergar nessas personagens e sacar que a gente também persona um monte de coisa por aí, inspiradas nelas ou pelo menos só mesmo conectadas e identificadas pelas personagens dos filmes, livros e séries…
eu tinha um rancinho de sex and the city porque quando lançou eu era muito pirralhinha, e obviamente, minha mãe jamais deixaria eu assistir, e também não tínhamos o canal que passava a série. mas eu ia me ligando sobre o que era e catava nas matérias de revistas um resumo, e a vontade de assistir que só aumentava. mais tarde lembro de ver os boxes de dvd caríssimos que vendia na americanas, e mais uma vez não assisti.
eu ficava doidinha pra ver essa série porque eu ia achar o máximo as conversas apimentadas, as personagens pra frentex, moda, dramas, comédias e futilidades, choro no banho, cenas de sexo, e a amizade dessas mulheres… essa coisa toda americana and rock and roll que a gente se atrai quando é mais nova! depois o tempo passou e como boa rebelde, a gente rejeita as coisas da adolescência, muito que pelo desejo oculto que havia ali não realizado.
anos se passaram, um pouco antes da pandemia; o meu entorno, em diferentes nichos, comentava de sex and the city, e eu sempre fico ligada nos assuntos que andam me pareando… a cartada final foi uma amiga me dizer o quanto essa série foi fera e, aí foi o melhor jeito pra eu me jogar e maratonar. eu lembro de amar desde o primeiro episódio, outros nem tanto. sentir raiva da carrie, do big, rir demais com a samantha, criticar a charlote (hoje eu jamais faria isso kkk), e me ver um pouquinho também na miranda. mas eu sempre me vi muito mais na carrie: ela cada hora é uma, muda de estilo, de vida, de corte de cabelo, sofre por homens… a gente é parecida demais, por isso que eu senti raiva de você, carrie!
mas também chorei muito com você e ri junto todas às vezes que você conseguiu se priorizar, se amar, se acolher, acolher suas amigas, quem estava do teu lado, enxergar o seu melhor, aprender com seus erros, e derrubar mais e mais lágrimas a cada crônica escrita no final dos episódios. no fim são mulheres imperfeitas vivendo suas vidas, e qual mulher não se identificaria?
apesar dos militantes cancelarem muita coisa na série - que eu até entendo - sex and the city envelheceu muito bem, como um bom vinho, com um bom amante que reaparece na sua vida ou aquela sua amiga que surge e te faz se ver e enxergar melhor; ou até os aprendizados com os mesmos dramalhões adolescentes que voltam. é a vida (romantizada) da mulher depois dos 30 anos. no fim são mulheres imperfeitas vivendo suas vidas, e qual mulher não se identificaria?
não tem como não se ver, não se identificar com uma ou todas aquelas mulheres que pintam a série.
e o mais bonito é ver que and just like that conseguiu manter a essência de sex and the city, se repaginar com os dias atuais e se tornar uma série daquelas, com muito mais drama e pé no chão, até porque elas envelheceram, as mulheres pretas finalmente deixaram de ser figurantes ou garçonetes, as pessoas não binárias e gordas agora também existem na série, a terapias está em dia questionando os relacionamentos tóxicos, o luto e os próprios erros. nada mudou e tudo mudou; uma grande amostra do que é a vida, e como as nossas lembranças e histórias mexem demais com a gente. obrigada por tudo O SEXO E A CIDADE!
e me diga, será que a samantha volta mesmo na 3a temporada de and just like that?