uma sabedoria mais que bem simples
quando eu morei naquela comunidade espiritual chamada “nazaré uniluz” que já comentei aqui; eu fiz um retiro simples, talvez um dos mais simples que já fiz - muito simples mesmo - mas que me ajudou e reverberou pra caramba na minha vida. no sentido de que levo esses ensinamentos que me nutriram tanto e fazem parte do conglomerado que sou hoje. o fim de semana naquela vez, era facilitado por denis rojas, que hoje é um grande amigo meu, mas que na época era só uma figura que eu admirava muito e queria sentar junto pra aprender tudo o que ele sabia e devorá-lo. o retiro dado por ele foi o ho’oponopono, eu mal sabia pronunciar direito o nome, mas já tinha ouvido falar muito por cima sobre, durante as minhas rasas pesquisas de espiritualidade que eu fazia!
e o método é algo bem simples, que muitas vezes a gente até fica descrente e fala: “não. eu preciso de um cacareco aqui ou um emperequetar ali.” eu era a rainha do emperequetamento, cês nem imaginam o quanto, complicava tudo e vivia em crise… por que será essa nossa crença de achar que a vida é difícil? talvez por conta do nosso hd mental que é exaustivo e complexo-incompleto demais? bora formatar esse sistema então, querida!
mas então, só sei que a vivência começou com meu amigo explicando como que esse exercício fora trazido pra gente: por um cara (que não vou lembrar o nome) que estava vivendo um conflito externo com pessoas, e ele percebeu que isso refletia direto no seu interior. ele estudou a sabedoria de povos havaianos, se observou, devorou parte do processo, e começou se colocando em roda de cura e perdão, depois expandiu o processo para as pessoas como que num espelho mesmo e sacou que as coisas iam ficando mais leves e diluídas, e o processo abria os caminhos na vida dele.
deixemos de delonga, cara leitora, eu vagueio demais; nasci com esse defeito. até porque sinto que se eu não contextualizar, pareço mais doida do que já sou.
última delonga, prometo. antes de ler o paragrafo debaixo, dá uma respirada profunda e ajusta sua coluna, ou bebe aquele copão de água que seu corpo tá pedindo há um tempinho. o que eu quero propor é que você não só passe os olhos nessas palavras. traga a sua atenção, por gentileza.
ho´oponopono é um conjunto de quatro frases pequenas mas que reverberam tanto que é uma coisa muito maluca de se acreditar, lá se vão:
“sinto muito,
me perdoe,
te amo,
sou grata.”
se quiser, tenta dar uma pesquisada no seu corpo como reverberou as frases.
e, aí?
só sei que nesse embalo que você vai falando, pode ser sem acreditar no começo (e com pura preguiça de espiritualidade barata - eu tb tenho rs) mas quando se vê, o seu cérebro repetiu tanto que um outro jogo se estabelece em você ou no seu conflito. e vale fazer tanto pra algo em você mesma que não te agrada, pra família, amigos, bichinhos, situações conflituosas… esses dias me peguei no mantra pelo luto de duas amigas que já não estão mais nesse nosso plano conhecido. eu boto mó fé de que o ho’oponopono funciona.
eu posso estar muito errada e caso esteja eu admito lá na frente, mas eu venho sacando que as coisas devem ser espelho mesmo. por que será que é tão difícil pra algumas pessoas assumirem que em determinados momentos elas podem ser babacas e errar? ou que muitas vezes serão babacas com a gente e pode ser sim que tenha a ver com ressonância, de forma passiva, ativa ou desconhecida ainda; mas é tolice demais achar que as coisas não estão conectadas. eu mesma aprendo demais com meus erros. e depois percebo que aonde tem raiva, rancor, mágoa, medo, erro, vai abrindo um outro espaço, que ainda é desconhecido dentro de você, mas é muito mais leve e te tira um fardo imenso das costas. e o que foi o motor pra me deixar ok foi o “sentimento ruim”. não precisa ocultar esses “sentimentos ruins”, mas dar vasão sem se ferir ou ferir alguém, olhar de frente, de um jeito maduro, e observar ele escorrendo de você, assim como a “felicidade”. isso hermes já dizia lá atrás, não é nenhuma novidade.
em mim eu percebo que o ho’oponopono bate e conecta muito com o que sou, eu ando muito afim de encontrar caminhos espirituais que sejam livres e leves. talvez pelos estudos de não dualidade que eu venho buscando nos últimos anos. talvez por já ter me identificado com cada religião cacareco e de ter me emperequetado tanto de cosplay espiritual que hoje vou sacando que o menos é mais. ainda mais eu, que às vezes tenho uma dificuldade intelectual imensa em acreditar em deus e em figuras salvadoras. tô o tempo todo descobrindo deus ou matando deus. e xô pra lá culpa cristã que botaram em mim. eu, hein?! nem cristã eu sou! esse deus doido que falam nem existe.
mas chega de falar de deus,
quero mais é saber aproveitar o tempo que eu tenho nessa dimensão e o ho’oponopono me ajuda até perdoar esse deus homem de barba branca que tenho ranço, e tenho bode do filho dele jc tb. falar que tem “bode” de jesus chega a ser piada pagã de mal gosto?
sou é doida talvez rs
mas mesmo doida, somos parte da mudança; não estamos descolados da realidade nunca - por mais que existam várias realidades paralelas, ainda assim são realidades. uma ilusão mesmo é realidade até você soltar ela e perceber a farsa que você criou!